quarta-feira, 28 de maio de 2014

Rottweiler, o cão açougueiro de Rottweil

      Metzgerhund Rottweil (cão açogueiro de Rottweil), o Rottweiler. Segundo as hipóteses ele desenvolveu-se na Alemanha, na cidade que cedeu seu nome a raça (Rottweil), a origem da raça remonta ao século I d.C e que teria sido uma evolução do Mastim Tibetano, usado pelos romanos como cão boiadeiro. Não se sabe exatamente como o Rottweiler chegou as características a qual conhecemos hoje, a única certeza é que o Mastim Tibetano foi uma das raças envolvidas. Não demorou muito até o Rottweiler se popularizar na Alemanha e em toda Europa. Suas funções eram basicamente boiadeiro e tração. Com o passar dos tempos, o comércio de gado, principal atividade econômica de Rottweil, enfraqueceu, chegando a ponto de quase se extinguir no final do século XIX e início do Século XX, se não fosse seus atributos.
      Por seu porte físico forte, alto instinto de territorialidade, inteligência elevada, aparência intimidadora (porém elegante), temperamento forte e equilibrado e sua versatilidade para atuar em diversas áreas, fizeram com que o Rottweiler sobrevive-se a extinção. E ele começou a ser usado na guarda patrimonial e trabalhos junto a polícia.
      O Rottweiler tornou-se uma das raças mais populares em todo o mundo no século XX, tendo um clube fundado em 1921 exclusivamente para a proteção e perpetuação da raça, o Algemeiner Deutcher Rottweiler Club (ADRK), que rege ate os dias de hoje o padrão da raça na Alemanha e serve de referência para clubes de todo o planeta. Alguns anos depois do ADRK ser fundado, clubes cinófilos de todo o planeta o reconheceram também.
      No Brasil, o Rottweiler chegou por volta de 1970 no estado do Rio de Janeiro e logo se espalhou pelos estados mais próximos como São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e depois para o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, tanto que os principais clubes do país situam-se nesses estados. A raça teve uma grande popularização nos anos 90, isso fez com que criadores inexperientes e que muitas vezes tinham propósitos inescrupulosos faziam do cão uma verdadeira arma, preparada para atacar, e os casos de ataques surgiam, e a mídia sedenta por noticiar tragédias, logo fez todo o alarde. Por se tratar de um cão poderoso, seus ataques a humanos tinham consequências devastadoras, em alguns casos com vítimas fatais. Não demorou muito e a imagem da raça foi tratada de forma negativa e distorcida, algo que acontece hoje com o American Pit Bull Terrier. 
    Como qualquer outro cão, o Rottweiler será um reflexo do que seu dono desejar que ele seja, mas ele tem uma propensão a ser um excelente cão de guarda, em qualquer pesquisa sobre os melhores cães de guarda o Rottweiler é figura presente, é um dos melhores senão o melhor. Possui características, tais como ser territorialista, observador, costuma observar antes de tomar uma decisão, como partir para o ataque, não costuma ficar latindo sem a devida necessidade, possui grande resistência e força e por ter uma pelagem predominantemente preto, que lhe assegura uma camuflagem durante a noite. Tem um alto instinto de lealdade com os membros da família e mostra ser dócil com crianças. Não costuma dividir território com outros animais, principalmente se forem machos, porém ser for acostumado desde filhote não terá problema. De qualquer forma, evite colocar outro macho adulto a dividir o mesmo território com um Rottweiler. 
      Por ter muita energia, deve-se sempre fazer caminhada com ele, sempre com focinheira! mesmo que ele seja adestrado, pois a lei exige. Não deve-se também mante-lo acorrentado, isso os estressam muito. Como diz o adestrador César Millan "exercício, displina e afeto". 
      Se bem cuidado, ele vive em média entre 10 e 12 anos. Quando for comprar um Rottweiler, sempre procure um canil especializado na raça, que tenha grande espaço físico, limpo e que, preferencialmente, não crie outras raças. Canis especializados fazem cruzamentos de modo selecionado e oferecem sempre o pedigree do cão, que tenha controle de displasia coxofemural, uma doença que ocasiona o afrouxamento das articulações coxofemorais. O único modo de saber, com certeza, a existência da doença no cão é através do exame de radiografia, não tem como saber se o cão tem displasia apenas observando, o único problema é que essa doença costuma a apresentar os sintomas aos 18 meses de idade. Por isso um canil que faça criação de modo selecionado garantira com que a prole esteja livre dessa doença.


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