terça-feira, 10 de junho de 2014

Mastiff inglês em demonstração de defesa

Mastiff inglês, o nobre da Inglaterra

      Mastiff inglês ou Old English Mastiff, tem sua nacionalidade, como seu nome diz, na Inglaterra, no entanto sua origem está atrelado aos grandes cães asiáticos. O Mastiff inglês tem centenas de anos, remontando a época do Império Romano e existem gravuras do Egito antigo de mais de 3000 a.c que retratam um cão muito semelhante a um Mastiff. Há registros que quando os romanos invadiram a Grã-Bretanha, encontraram um cão do tipo Mastiff, ficaram muito impressionados por sua força e coragem, que resolveram levar alguns Mastiffs consigo para Roma, lá foram usados em espetáculos de gladiamento e posteriormente como cães de guerra. Eram também usados como cães de guerra  pelos povos celtas, foi justamente assim que os romanos que os romanos conheceram os Mastiffs, as espadas romanas contra as mandíbulas dos Mastiffs. Em Roma começaram a serem usados em brigas de cães e contra touros.
      Por sua coragem, força e valentia, o Mastiff começou a ter a função de cão de guarda, utilizado pelos romanos para protegerem suas propriedades.
      Na Segunda Guerra Mundial o Mastiff inglês quase foi extinto, pois ele era usado durante a guerra para carregar carroças repletas de munição nas frentes de batalhas, milhares de Mastiffs morreram fazendo essa função bravamente. Percebendo o sério risco de extinção, os admiradores e criadores da raça começaram o processo de procriação, todos os Mastiffs remanescentes da Grã-Bretanha foram localizados e catalogados, exemplares de outras partes da Europa foram levados para a Inglaterra e junto com os São Bernardo começaram a fazer os cruzamentos para a estabilização da raça.
      O São Bernardo contribuiu ainda para amenizar o temperamento agressivo do Mastiff, até nos dias atuais nascem filhotes com uma pelagem mais cumpridas e marcas brancas nas patas e focinho, desvio de padrão herdado do São Bernardo.
      Alias, o Mastiff talvez seja a raça mais usada no desenvolvimento de outras raças, citarei algumas, como o Dogo argentino, Bullmastiff, Dogue alemão, Rottweiler, Fila brasileiro, Tosa Inu, Terra Nova, São Bernardo entre outras.
      Quando se pensa em um cão de guarda, ele esta entre entre os melhores, graças ao seu porte físico e temperamento, não é do hábito de um Mastiff ser agressivo com pessoas, mas defende seu território com bastante avidez, ele geralmente acua o invasor, deixando-o imobilizado e morde apenas quando é agredido pelo invasor ou percebe a necessidade. Sendo uma característica dessa raça, caso não haja desvio de comportamento/temperamento. Devido ao seu tamanho, não são de latir à toa, mas quando latem é bom dar a devida atenção.
      Seu porte físico também serve de fator intimidatório, um exemplar da raça chegou a ser registrado como o cão mais pesado do mundo, pesava  282 Kg e se chama Hércules, no Guinnes Book (livro dos recordes), um Mastiff, considerado normal, macho chega a medir entre 70 a 92 cm e pesa de 72 a 105 Kg e uma fêmea mede entre 70 a 91 cm e pesando entre 55 a 77 Kg, sua pelagem é curta e mais grossa na altura do pescoço e ombro, que vão do fulvo, abricó e tigrado, tendo o focinho, orelhas e trufa na cor preta. O branco em excesso não é permitido.
      Apesar de todo esse tamanho, peso e força, o Mastiff inglês é muito dócil e cuidadoso com crianças, numa brincadeira com uma criança,eles tomam muito cuidado para não as machucarem sem querer. Seu convívio com outros cachorros, inclusive machos, costumam serem pacíficos, mas recomenda-se cautela se for introduzir outro cão no mesmo ambiente se o outro cão for um macho dominante. pois o Mastiff te plena "consciência" de sua força e não aceitará ser afrontado.
      Há ainda alguns pontos que se deve estar atento se for criar um Mastiff, eles são cães que ganham peso facilmente e não são muitos adeptos de exercícios, por isso recomendo uma caminhada diária de uns 30 minutos, mas que não o deixe exausto. Alimenta-los duas vezes ao dia para evitar torção gástrica, mas não exagere na quantidade. Dependendo do estilo de vida que levam, podem comer ate 1 Kg de ração por dia.
      Os problemas de saúde mais recorrentes no Mastiff inglês são a Atrofia Progressiva da Retina (APRA), epilepsia, displasia coxo-femural e calos no cotovelos, feitos pelo seu grande peso.
      É um cão para se admirar!





     
     
 

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Dogo argentino demonstrando seu potencial de defesa

Dogo argentino, o caçador dos Pampas

      O Dogo argentino começou a ser desenvolvida em 1925 na província de Córdoba, Argentina, com os irmãos António e Augustin Norez Martínez. A ideia foi de António, que sonhava com um cão que fosse argentino, totalmente adaptado ao ambiente e as peculiaridades do seu país. Buscavam um cão que fosse um exímio caçador e um ótimo cão de combate.
      Na época era muito comum a prática de briga de cães, chamada de "las pelas de perros", os cães mais usados até então eram os Mastiffs espanhol, Bulldogue inglês, Bull Terrier e o Boxer. Tiveram a ideia de realizar cruzamentos dessas raças para ter um cão de combate completo, surgiu assim o Perro de Pelea Córdobes ou Córdoba Fighting Dog, eram considerados imbatíveis na  luta e para muitos a melhor que já existiu. No entanto herdaram um comportamento extremamente agressivos com outros cães, fato que os levou a extinção, quando aproximavam as fêmeas dos machos para cruzamento, elas atacavam eles, o cruzamento deles era algo muito difícil de ser fazer. Eles morriam na luta e não costumavam desistir.
      Os irmãos queriam um cão que tivessem as mesmas qualidades de luta do Córdoba mas que fossem mais equilibrados. Eles queriam um cão bom de briga, de caça, forte, resistente e obediente.
      Começaram então os cruzamentos, a primeira raça utilizada foi o Córdoba, depois foram usados, nesta ordem, o Pointer, no qual o Dogo herdou o ótimo olfato conseguindo farejar no ar, o Dogue alemão, no qual aumentou seu porte, o Boxer, contribuindo para inteligência e tenacidade, o Bull Terrier, dando maior tolerância à dor, o Mastim espanhol, fornecendo mais poder físico, o Bulldogue inglês, contribuindo com a resistência, o Dogue de Bordeaux, fornecendo uma poderosa mordida, o Irish Wolfhound, dando o instinto de caça, e o Mastim dos Pirineus, fornecendo mais força e adaptabilidade climática, chegaram finalmente as características desejadas, sendo reconhecido pela Federação cinológica argentina em 1964 e pela Federação Internacional de cinofilia em 1973. O Dogo argentino teve toda a sua história documentada, não restando espaço para levantamento de teorias.
      Na Argentina ele é motivo de orgulho e o mais popular cão naquele país. É também o mais usado para à caça de Javalis, Pumas e proteger grandes fazendas. O Dogo também é usado pela Polícia Federal da Argentina.
      No Brasil, o Dogo argentino ainda não é uma raça muito difundida, tendo os primeiros e as maiores quantidades de criadores no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, mas vai se espalhando pelo sudeste do país, o número de registros na CBKC cresce ano a ano.
      Pelo seu aspecto intimidador, força, coragem e obediência é também empregado como um cão de guarda, não costuma latir muito e sua agressividade com pessoas é de baixo a moderado, porém não permite a entrada de desconhecidos em seu território. Entretano, com cães a história muda, por serem dominantes, territorialistas e ter um instinto natural para briga, não costumam tolerar outros cães junto deles, principalmente se forem outros machos e não acostumados desde filhotes. Seu convívio com crianças é tranquilo e tem muita paciência. Devido ao preconceito e a alguns acidentes, o Dogo argentino foi banido em mais de 10 países.
      O Dogo argentino tem uma peculiar beleza, que consegue harmonizar beleza com a força, robustez e elegância. Sua pelagem é predominantemente branca e alguns tem um círculo preto ao redor dos olhos. Seus pelos são curto, liso e denso. Tem uma musculatura desenvolvida, o que não atrapalha sua agilidade, sua movimentação é rápida e astuta, muda de direção rapidamente, segundo sua necessidade de desvio, e por ser um excelente caçador, consegue se mover de forma silenciosa. Um macho chega a medir de 62 a 68 cm, pesando entre 36 a 50 Kg, a fêmea mede de 60 a 65 cm e pesa entre 36 a 45 Kg.
      Por ter uma pele muito branca, precisa de alguns cuidados, como não ficar exposto durante mais de 30 minutos ao sol e dar banho apenas quando for necessário. Vivem em média de 12 a 14 anos, por terem muita energia, necessitam de uma caminhada diária, caso não tenham um grande espaço à disposição.
     




     
     

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Tosa Inu em demonstração de defesa.

Tosa Inu, o samurai japonês

      Tosa Inu, Tosa Ken, Mastim japonês ou Tosa Token, esses são alguns dos nomes usados para esse molosso japonês, sendo o maior cão de origem japonesa e também o mais popular.
      No Japão a luta de cães é algo muito popular, tem seus registros de mais de 1000 anos, e por isso desejavam um cão maior e mais forte que os Shikokus-Ken, até então os mais utilizados para essa prática (a luta de cães é legalizado no Japão), começou então o desenvolvimento de uma nova raça. E em 1872 começou, na ilha de Shikoku, o cruzamento dos Shikokus com raças europeias, mais precisamente o Bulldogue, Dogue alemão, Bull Terrier, São Bernardo, Pointer alemão e Mastiffs. 
      Na Segunda Guerra Mundial, a raça quase foi extinta e acreditam alguns historiadores, que exemplares da raça foram contrabandeados e escondidos até que a guerra acabasse e sua criação fosse retomada. É uma raça reconhecida pela Federação Internacional de Cinofilia (FCI) e desde 1997 faz parte do Foundation Stock Service (FSS), que é um ramo do American Kennel Club (AKC) que realiza registros de raças raras.
      O Tosa Inu faz parte da história e cultura do Japão, são reverenciados pelos japoneses. São um orgulho nacional e o fato de serem usados em luta de cães gera muitos debates sobre essa prática. O fato é que, essas lutas são feitas com regras bem definidas, tem juízes e quando um cão de fere de forma mais grave, aluta é interrompida e os cães depois do combate são tratados com veterinários, tem uma  vida de muito conforto e os trajes dos campeões, que são iguais aos dos campeões de sumô, podem custar mais de 30 mil dólares. Mas nada disso ameniza ou retirada o seu aspecto cruel. 
      Entretanto, o Tosa Inu apresenta muito mais atributos do que apenas um cão de briga. Nos continentes europeu e americano ele está sendo muito apreciado por ser um ótimo cão de guarda, pelo seu excelente temperamento e o seu potencial de intimidação. Por serem mais recentes nestes continentes e disputar à posição com tradicionais raças europeias e americanas (continente), ele ainda é um cão ainda difícil de se ver nestes lugares.
      No seu padrão oficial ele é considerado paciente, corajoso e audacioso. Só costuma latir quando sente que algo esta errado e quando ataca, geralmente domina seu oponente. Seu tamanho contribui para tal poder, herdou dos mastiffs seu tamanho, um macho adulto mede em média 60 cm e a fêmea 55 cm, força e instinto de luta. Apesar de ser de grande porte e pesar cerca de 45 Kg a 90 Kg o macho e 45 Kg a 72 Kg a fêmea, são ágeis, resistentes e com muita persistência, geralmente quando entram em combate não costumam desistir ou serem derrotados. Sua pelagem é densa, dura e curta, apresentam as cores vermelho, preto, fulvo e tigrado, apresentam, às vezes, marcas brancas no peito e patas e não são considerados desvio de padrão. Sua cabeça é larga e enrugada.
      Com os membros da família mostram-se muito obedientes, mas com estranhos a coisa muda,demonstram uma desconfiança que não o deixa ser enganado por mal intencionados. São afeiçoados com crianças, porém com outro cão macho a história muda, principalmente se não for habituado desde filhote. Costuma exercer seu instinto de macho Alfa e não se submetem a submissão.
      Para os que estiverem interessado em ter um, recomenda-se um espaço grande para ele canalizar sua energia, porém uma caminhada diária já serve para acalma-lo, ainda mais porque ele tende a inchar quando come demais.
      Sua saúde é mais afetada pela displasia coxo-femural, problemas nos olhos e no cotovelo. Eles vivem em média 12 anos.





quinta-feira, 5 de junho de 2014

Presa Canário em demonstração de guarda.

Presa Canário, o imponente

      Presa Canário, Dogo de Presa Canário ou Dogo Canário, esses são seus vários nomes, mas iremos adotar aqui o Presa Canário. Essa é uma linda e imponente raça, proveniente das Ilhas Canárias, pertencente a Espanha. Sua origem foi o resultado dos vários cruzamentos, entre os conhecidos estão o Perro de ganado majoreiro, de molossos trazidos do continente europeu,por navegantes, e cães selvagens nativos. Alguns acreditam que também foram usados o Bull and Terrier e o Bull Dog inglês posteriormente. Porém os primeiros cruzamentos sucederam-se de forma involuntária e por volta do século XVI o Presa Canário surgiu.
      Devido as peculiaridades geográficas da ilha, o Presa Canário desenvolveu-se praticamente isolado, fato que fez dele um cão preparado a viver em condições mais difíceis. Ele tinha basicamente duas funções básicas, a proteção de rebanhos de gados e a guarda das enormes fazendas dos colonos, outras funções também eram feitas pelo Presa Canário, como a caça de outros animais e a cães selvagens, que atacavam gado, ovelhas e pessoas e a rinha entre Presas Canários e cães selvagens. Durante séculos o Presa Canário desenvolvia de forma absoluta na ilha, porém com o advento da tecnologia, a criação de gado diminuiu drasticamente, e em 1940 a rinha foi proibida em toda a ilha, o Presa Canário quase foi extinto.
      Sua salvação foi feita por criadores que admiravam a raça e fundaram o "Clube espanhol do Presa Canário", assim a raça começou aos poucos a se restabelecida, agora na Espanha. Apesar de ter mais de 500 anos de história, o Presa Canário foi reconhecido pela Federação Internacional de Cinofilia em 2001.
      Ele é um cão grande, forte e pesado, um macho na fase adulta chega a pesar 50 Kg e mede de 59 a 66 cm, a fêmea pesa cerca de 40 Kg e medindo 55 a 62 cm. Essas são características que por si só já impõe receio e respeito aos mal intencionados, mas há mais fatores, como um corpo robusto, cabeça grande e maciça, latido grave e potente e uma máscara negra localizado no focinho, tendo todas essas características como fatores intimidatórios para quem cogitar invadir a casa que ele estiver protegendo.
      Possui uma pelagem curta, densa e um pouco áspera. Suas cores padrões são o tigrado claro, tigrado escuro, dourado e marrom claro, podendo ter marcas brancas na altura do peito, garganta, pescoço e patas dianteiras.
      O Presa Canário é considerado por muitos adestradores e criadores ate de outras raças, como sendo o mais completo cão de guarda que existe, e atributos para isso ele tem. Seu temperamento é extremamente territorialista, porém sendo obediente, muito fiel e devoto ao dono, entretanto mostra aversão à estranhos, junte-se a esse temperamento, uma musculatura poderosa, uma grande agilidade, resistência, persistência e uma mandíbula muito forte, fazendo do Presa Canário, sem dúvida alguma, um dos melhores, senão o melhor, cão de guarda.
      Ele tem um instinto naturalmente dominador, por isso recomenda-se cautela ao introduzir outro macho, independente da raça, no mesmo território, mas como todo cão, se for acostumado desde filhote não haverá maiores problemas, desde que o outro cão seja submisso a ele.
      Para os que tem criança em casa e esta com algum receio de ter um Presa Canário, não terá problema, claro que o tenha desde filhote para ter certeza de sua educação, mas no geral ele tem um convívio amigável com crianças.
      Deve-se ficar atento para o espaço, é preferível que seja grande, para que ele possa canalizar sua grande energia, mas se não tiver, fazendo uma caminhada diária com ele já é o suficiente.
      No quesito saúde, o Presa Canário apresenta problemas como a displasia coxo-femural e entrópio. Mas dificilmente apresenta esses problemas.
      No Brasil, o Presa Canário chegou no final de 2002 e 2003 na região sul do país, com exemplares importados da Espanha. Infelizmente o Presa Canário ainda não é uma raça popular no Brasil, mas sua população vem aumentando ano a ano.
      Para os que procuram um cão amigo, obediente e protetor, pode optar pelo Presa Canário sem problemas.



 

terça-feira, 3 de junho de 2014

Documentário sobre rinha de Pit Bulls. Parte 2/2.

Vejam este documentário da Animal Planet sobre briga de cães. Parte 1/1. Vale muito a pena conferir

Pit Bull, o injustiçado.

      American Pit Bull Terrier, erroneamente chamado de Pit Bull (Pit Bull é o termo designado para se referir ao American Pit Bull Terrier, American Staffordshire Terrier e Staffordshire Bull Terrier), essa formidável raça, que embora não seja reconhecida pela Federação Internacional de Cinofilia (FCI), mal compreendida e que tem uma imagem distorcida pela mídia, com conotação violenta, será  agora nossa próxima raça avaliada.
      Vamos para uma viagem no tempo. Na Inglaterra era comum realizarem combates entre cães e ursos, cães e touros. Este último mais frequente, utilizavam os Buldogue na luta contra touros, era um "espetáculo" muito apreciado pelos ingleses. Eles notaram que o buldogue carecia de agilidade e resolveram a fazer cruzamentos com os terriers, cães de grande agilidade e determinação. Surgiu o Bull and Terrier, um cão de pequeno porte, porém com musculatura forte, ágil, resistente e determinado a vencer. Seus dotes de luta foram apreciados e os Bull and Terriers se popularizaram rapidamente. Com o passar do tempo, ele foi naturalmente criando novas características ate se dividir em outras raças, o Staffordshire Bull Terrier, Bull Terrier e o Irish Stafforshire Bull Terrier, o termo Pit Bull era usado para se referir a todos eles.
      Com a advento da imigração dos ingleses para os Estados Unidos, esses cães começaram a se disseminar pelo país. Eram utilizados na guarda de fazendas, boiadeiro e briga entre cães. Lá essas raças foram tomando diferentes características, dando origem ao American Pit Bull Terrier, que foi reconhecido em 1936 pelo American Kennel Club (AKC).
      O American Pit Bull Terrier tornou-se o cão mais popular dos Estados Unidos, por ser dócil, leal e dedicado à sua família e era conhecido como o "cachorro da América", no decorrer do século XX uma a cada três casas norte-americana tinha um APBT. Entretanto, sua utilização para briga foi intensificado e com o passar do tempo sua utilização como cão de guarda foi perdendo espaço para a rinha, algo que começou a distorcer sua imagem, começou a ser visto como cão feroz.
      O American Pit Bull Terrier tem um temperamento que o possibilita a ser um cão muito versátil, ele agrada bastante os membros da família, gosta de receber um cafune, sua lealdade e obediência ao dono é algo extremo, gosta de crianças e quando brinca com elas, toma muito cuidado para não machuca-las involuntariamente. No entanto seu quando não acostumado desde cedo, não aceita outros cães dividindo o mesmo quintal, principalmente outros machos, e é dai que alguns donos inescrupulosos. Sua enorme força, resistência e alta tolerância a dor, fazem do Pit Bull o preferido entre essas pessoas que fazem parte dessas crueldades que são as brigas de cães.
      Em sua descrição oficial aparece os termos "resistência" e "autoconfiança".
      No Brasil esta sendo desenvolvida uma iniciativa que treina os Pit Bulls para cão guia, já que ele é ágil e astuto. Como também para cão de guarda e terapia com pessoas doentes, levando o Pit Bull para fazer companhia para essas pessoas, em hospitais e centros de reabilitação.
      Em um estudo realizado pelo American Temperament Teste Society, centro que estuda o comportamento de vários cães e raças, o APBT ficou entre as mais equilibradas emocionalmente. Esse estudo exponha os cães a diversas situações, como perto de pessoas, cães e situações de estresse que ele nunca havia sido colocado.
      Quanto à sua saúde, é excelente, não tendo problemas específicos. Tendo grande necessidade de praticar esporte, por sua grande quantidade de energia.















sexta-feira, 30 de maio de 2014

Fila brasileiro

      Fila brasileiro, uma raça genuinamente nacional e a primeira a ser reconhecida pela Confederação Internacional de Cinofilia (FCI) em 1968, porém o surgimento dessa raça é muito mais antiga, que remonta a época da colonização do Brasil. Quando os europeus, mais precisamente os portugueses, começaram a povoar o país a fim de garantir as terras conquistadas, trouxeram consigo não só sua cultura e armas, mas também cães para servir de guarda de suas terras e rebanhos. Segundo a hipótese mais aceita para sua origem, essa raça nasceu a partir do cruzamento de Mastiffs ingleses, de onde teria herdado seu grande porte físico e aptidão para guarda, Bloodhounds, herdou o excelente faro, e Bulldogues, onde herdou a agressividade, bom desempenho para o combate e caça, alta tolerância a dor e fácil desempenho para lidar como cão boiadeiro.
      Essa é apenas umas das teorias que tentam explicar a origem desta raça. Há ao todo seis teorias que tentam explicar a origem e desenvolvimento da raça.
      Ajudava os portugueses no desbravamento do país, como afastando onças, lobos-guaras, suçuaranas e dos ataques dos nativos e recapturando escravos fugitivos, logo sua coragem, força e lealdade se mostraram úteis, ela teve grande expansão pelo fato das comitivas dos Bandeirantes levarem os cães junto para proteger para protege-los, em toda nova terra conquistada o Fila se fazia presente. Passaram-se séculos e o Fila brasileiro foi ficando cada vez mais comum nos lares brasileiros, tendo seu apogeu nos anos de 1970 a 1980 tendo um dos maiores números de registros no CBCK. Nesta mesma época uma grande polêmica nasceu, os novos criadores queriam amenizar sua característica muito agressiva do padrão anterior. Eles queriam um cão de guarda com temperamento mais controlado, como o cão que permitiria a entrada de não membros da família mesmo acompanhado pelo seu dono. Algo que ele não aceita.
      O Fila brasileiro é um cão facilmente reconhecido por qualquer um, mesmo os que não conhecem nada de cães, o seu porte grande, focinho e cores fazem dele uma figura marcante, intimidadora e bela. Com aproximadamente 75 cm da cernelha (encontro do pescoço ate as costas) e chegando em média a 70 Kg, colocando o Fila entre os maiores caninos do mundo. A velocidade do Fila também é algo notável, principalmente para um cão grande como ele, que aliado com seu tamanho e força, fazem do ataque dele um dos mais poderosos entre todos, para se ter uma ideia de sua força e capacidade de ataque, ele supera obstáculos com mais de 2 metros facilmente,  uma marca que impressiona para um cachorro grande e robusto como ele.
      O Fila também é sorrateiro e silencioso, movimenta-se como um felino, movimentando as duas patas do mesmo lado ao mesmo tempo, lhe proporcionando mais agilidade e mudanças mais rápidas de direção.
      O seu temperamento é algo que requer muito cuidado, ate mesmo os adestrados, essa é a ÚNICA raça que em sua descrição oficial é utilizado o termo "aversão à estranhos" usado pela Federação Internacional de Cinofilia (FCI). Até mesmo em exposições da raça, o juiz não chega a tocar o cão, por sua aversão. No entanto, sua lealdade aos membros da família é algo reconhecido entre seus donos e se relaciona de modo dócil com crianças. A dedicação a sua família é indiscutível!
      O Fila brasileiro tem uma aptidão nata para guarda, rastreamento e pastoreio, características presente desde seus primeiros exemplares. Ele é considerado por muitos cinófilos como o melhor para cão de guarda, policial e de guerra, isso mesmo! Cão de guerra, que é um serviço diferente do cão policial. Ele foi testado pelo exército do Brasil e de Israel, separadamente, onde foi eleito o melhor para esse serviço. O Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), realizou  durante cinco anos situações de guerra com o Fila Brasileiro, Pastor Alemão e Dobermann, e o Fila foi considerado o mais apto para esse trabalho, por não recuar diante de tiros e bombas, permanecer em silêncio quando necessário, se movimentar de forma imperceptível e se adaptar rapidamente em novos ambientes. Com o exército de Israel também foi considerado o melhor cão para situações parecidas, porém o número de raças testadas foi muito maior e em menor tempo. É usado também como cão policial nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Peru, Chile, Nigéria e Brasil.
      Como qualquer outra raça, o Fila também sofre com alguns problemas de saúde, como displasia coxo-femural e torção gástrica. Por isso é fundamental procurar um canil especializado na criação do Fila, que forneça pedigree.
      Ele é um cachorro excepcional.
     
   

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Rottweiler, o cão açougueiro de Rottweil

      Metzgerhund Rottweil (cão açogueiro de Rottweil), o Rottweiler. Segundo as hipóteses ele desenvolveu-se na Alemanha, na cidade que cedeu seu nome a raça (Rottweil), a origem da raça remonta ao século I d.C e que teria sido uma evolução do Mastim Tibetano, usado pelos romanos como cão boiadeiro. Não se sabe exatamente como o Rottweiler chegou as características a qual conhecemos hoje, a única certeza é que o Mastim Tibetano foi uma das raças envolvidas. Não demorou muito até o Rottweiler se popularizar na Alemanha e em toda Europa. Suas funções eram basicamente boiadeiro e tração. Com o passar dos tempos, o comércio de gado, principal atividade econômica de Rottweil, enfraqueceu, chegando a ponto de quase se extinguir no final do século XIX e início do Século XX, se não fosse seus atributos.
      Por seu porte físico forte, alto instinto de territorialidade, inteligência elevada, aparência intimidadora (porém elegante), temperamento forte e equilibrado e sua versatilidade para atuar em diversas áreas, fizeram com que o Rottweiler sobrevive-se a extinção. E ele começou a ser usado na guarda patrimonial e trabalhos junto a polícia.
      O Rottweiler tornou-se uma das raças mais populares em todo o mundo no século XX, tendo um clube fundado em 1921 exclusivamente para a proteção e perpetuação da raça, o Algemeiner Deutcher Rottweiler Club (ADRK), que rege ate os dias de hoje o padrão da raça na Alemanha e serve de referência para clubes de todo o planeta. Alguns anos depois do ADRK ser fundado, clubes cinófilos de todo o planeta o reconheceram também.
      No Brasil, o Rottweiler chegou por volta de 1970 no estado do Rio de Janeiro e logo se espalhou pelos estados mais próximos como São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e depois para o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, tanto que os principais clubes do país situam-se nesses estados. A raça teve uma grande popularização nos anos 90, isso fez com que criadores inexperientes e que muitas vezes tinham propósitos inescrupulosos faziam do cão uma verdadeira arma, preparada para atacar, e os casos de ataques surgiam, e a mídia sedenta por noticiar tragédias, logo fez todo o alarde. Por se tratar de um cão poderoso, seus ataques a humanos tinham consequências devastadoras, em alguns casos com vítimas fatais. Não demorou muito e a imagem da raça foi tratada de forma negativa e distorcida, algo que acontece hoje com o American Pit Bull Terrier. 
    Como qualquer outro cão, o Rottweiler será um reflexo do que seu dono desejar que ele seja, mas ele tem uma propensão a ser um excelente cão de guarda, em qualquer pesquisa sobre os melhores cães de guarda o Rottweiler é figura presente, é um dos melhores senão o melhor. Possui características, tais como ser territorialista, observador, costuma observar antes de tomar uma decisão, como partir para o ataque, não costuma ficar latindo sem a devida necessidade, possui grande resistência e força e por ter uma pelagem predominantemente preto, que lhe assegura uma camuflagem durante a noite. Tem um alto instinto de lealdade com os membros da família e mostra ser dócil com crianças. Não costuma dividir território com outros animais, principalmente se forem machos, porém ser for acostumado desde filhote não terá problema. De qualquer forma, evite colocar outro macho adulto a dividir o mesmo território com um Rottweiler. 
      Por ter muita energia, deve-se sempre fazer caminhada com ele, sempre com focinheira! mesmo que ele seja adestrado, pois a lei exige. Não deve-se também mante-lo acorrentado, isso os estressam muito. Como diz o adestrador César Millan "exercício, displina e afeto". 
      Se bem cuidado, ele vive em média entre 10 e 12 anos. Quando for comprar um Rottweiler, sempre procure um canil especializado na raça, que tenha grande espaço físico, limpo e que, preferencialmente, não crie outras raças. Canis especializados fazem cruzamentos de modo selecionado e oferecem sempre o pedigree do cão, que tenha controle de displasia coxofemural, uma doença que ocasiona o afrouxamento das articulações coxofemorais. O único modo de saber, com certeza, a existência da doença no cão é através do exame de radiografia, não tem como saber se o cão tem displasia apenas observando, o único problema é que essa doença costuma a apresentar os sintomas aos 18 meses de idade. Por isso um canil que faça criação de modo selecionado garantira com que a prole esteja livre dessa doença.


segunda-feira, 26 de maio de 2014

     Olá amigos, iremos começar hoje este canal no qual vamos conhecer um pouco sobre cães, esses seres que a séculos estão presente no cotidiano do homem e que com o passar do tempo tornaram-se mais do que animais usados para o trabalho, tornaram-se amigos, o melhor amigo do homem.
    Como qualquer um, sou um apaixonado por cães e desde criança sempre convivi com cachorros. Aprendi com o tempo a respeitar cada vez mais esses seres, a me interessar mais por eles e aprender com eles. Tenho atualmente dois amigos em casa, ou melhor um amigo e uma amiga, no qual dedico muito tempo e carinho, pois ter um cão na nossa casa implica em compromissos com ele, como vacinas, remédios, veterinário, ração de boa qualidade e tempo para eles. 
    Então para os que estiverem cogitando em ter um cão na família tem que estar ciente do compromisso com ele. 
    Iremos falar sobre várias raças, suas características, necessidades, origens e as funções atribuídas a cada raça. Até breve!!