segunda-feira, 9 de junho de 2014

Dogo argentino, o caçador dos Pampas

      O Dogo argentino começou a ser desenvolvida em 1925 na província de Córdoba, Argentina, com os irmãos António e Augustin Norez Martínez. A ideia foi de António, que sonhava com um cão que fosse argentino, totalmente adaptado ao ambiente e as peculiaridades do seu país. Buscavam um cão que fosse um exímio caçador e um ótimo cão de combate.
      Na época era muito comum a prática de briga de cães, chamada de "las pelas de perros", os cães mais usados até então eram os Mastiffs espanhol, Bulldogue inglês, Bull Terrier e o Boxer. Tiveram a ideia de realizar cruzamentos dessas raças para ter um cão de combate completo, surgiu assim o Perro de Pelea Córdobes ou Córdoba Fighting Dog, eram considerados imbatíveis na  luta e para muitos a melhor que já existiu. No entanto herdaram um comportamento extremamente agressivos com outros cães, fato que os levou a extinção, quando aproximavam as fêmeas dos machos para cruzamento, elas atacavam eles, o cruzamento deles era algo muito difícil de ser fazer. Eles morriam na luta e não costumavam desistir.
      Os irmãos queriam um cão que tivessem as mesmas qualidades de luta do Córdoba mas que fossem mais equilibrados. Eles queriam um cão bom de briga, de caça, forte, resistente e obediente.
      Começaram então os cruzamentos, a primeira raça utilizada foi o Córdoba, depois foram usados, nesta ordem, o Pointer, no qual o Dogo herdou o ótimo olfato conseguindo farejar no ar, o Dogue alemão, no qual aumentou seu porte, o Boxer, contribuindo para inteligência e tenacidade, o Bull Terrier, dando maior tolerância à dor, o Mastim espanhol, fornecendo mais poder físico, o Bulldogue inglês, contribuindo com a resistência, o Dogue de Bordeaux, fornecendo uma poderosa mordida, o Irish Wolfhound, dando o instinto de caça, e o Mastim dos Pirineus, fornecendo mais força e adaptabilidade climática, chegaram finalmente as características desejadas, sendo reconhecido pela Federação cinológica argentina em 1964 e pela Federação Internacional de cinofilia em 1973. O Dogo argentino teve toda a sua história documentada, não restando espaço para levantamento de teorias.
      Na Argentina ele é motivo de orgulho e o mais popular cão naquele país. É também o mais usado para à caça de Javalis, Pumas e proteger grandes fazendas. O Dogo também é usado pela Polícia Federal da Argentina.
      No Brasil, o Dogo argentino ainda não é uma raça muito difundida, tendo os primeiros e as maiores quantidades de criadores no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, mas vai se espalhando pelo sudeste do país, o número de registros na CBKC cresce ano a ano.
      Pelo seu aspecto intimidador, força, coragem e obediência é também empregado como um cão de guarda, não costuma latir muito e sua agressividade com pessoas é de baixo a moderado, porém não permite a entrada de desconhecidos em seu território. Entretano, com cães a história muda, por serem dominantes, territorialistas e ter um instinto natural para briga, não costumam tolerar outros cães junto deles, principalmente se forem outros machos e não acostumados desde filhotes. Seu convívio com crianças é tranquilo e tem muita paciência. Devido ao preconceito e a alguns acidentes, o Dogo argentino foi banido em mais de 10 países.
      O Dogo argentino tem uma peculiar beleza, que consegue harmonizar beleza com a força, robustez e elegância. Sua pelagem é predominantemente branca e alguns tem um círculo preto ao redor dos olhos. Seus pelos são curto, liso e denso. Tem uma musculatura desenvolvida, o que não atrapalha sua agilidade, sua movimentação é rápida e astuta, muda de direção rapidamente, segundo sua necessidade de desvio, e por ser um excelente caçador, consegue se mover de forma silenciosa. Um macho chega a medir de 62 a 68 cm, pesando entre 36 a 50 Kg, a fêmea mede de 60 a 65 cm e pesa entre 36 a 45 Kg.
      Por ter uma pele muito branca, precisa de alguns cuidados, como não ficar exposto durante mais de 30 minutos ao sol e dar banho apenas quando for necessário. Vivem em média de 12 a 14 anos, por terem muita energia, necessitam de uma caminhada diária, caso não tenham um grande espaço à disposição.
     




     
     

Nenhum comentário:

Postar um comentário